Descubra por que devemos resistir à tentação de oferecer o aparelho para a criança toda vez que queremos um pouco de sossego.
Quase uma hora de espera no pediatra e seu filho não para um minuto. Nessa hora, é grande a tentação de tirar o celular da bolsa e colocar um joguinho para a criança sossegar uns minutos. Mas essa atitude, cada vez mais comum nas salas de espera, nas filas do supermercado, no metrô ou em qualquer lugar onde haja um pequeno entediado, precisa ser repensada. "Entregar o celular a uma criança como forma de distração pode trazer prejuízos físicos e sociais para ela, além de atrasar o desenvolvimento de sua coordenação motora", alerta a pedagoga e psicomotricista Márcia Paiva.
CRIANÇAS DE 0 A 7 ANOS QUE USAM O CELULAR EXAGERADAMENTE PODEM SOFRER:
1. Dificuldade para se relacionar.
Diante do celular ou outros aparelhos eletrônicos, os pequenos deixam de brincar e conviver com os amiguinhos.
2. Demora para desenvolver movimentos e sentido.
O aparelho não estimula o tato e o olfato. Além disso, os únicos músculos que se exercitam são os dos dedinhos.
3. Problemas de visão.
Mais de dez minutos diante da tela do celular pode acabar provocando dores na nuca e nos olhos. Fique atenta!
4. Perda de contato com o mundo ao vivo e em cores.
Como seu filho vai saber o que é uma montanha, uma árvore ou uma banca de jornal se não olhar pela janela do ônibus?
3 SUGESTÕES DE BRINQUEDOS PARA LEVAR NA BOLSA:
1. Livro com figuras.
O estímulo visual do celular pode ser substituído por um livrinho colorido. Procure um que seja adequado à idade do seu filho.
2. Giz de cera e papel.
Esse é o truque mais barato e antigo para manter as crianças quitas de forma educativa. Cadernos para colorir agradam à maioria dos pequenos.Álbuns de figurinhas também são boa alternativa. Experimente!
3. Bonequinhos.
Batam dois personagens familiares à criança para que a imaginação dela voe solta para qualquer lugar. Tenha sempre na bolsa um super-herói ou uma boneca. Antes de sair de casa, pergunte qual brinquedinho seu filho quer levar.
Fonte: Márcia Paiva, pedagoga especializada em educação infantil.
Revista: Ana Maria, Pág.. 28-29, 24 de maio de 2013.